sábado, 18 de julho de 2009

ALGUNS CORDEIS CONSAGRADOS ENTRE MUITOS OUTROS,QUE SAO DE PRIMEIRA

[editar] Obras consagradas da literatura de cordel
A Cabocla Encalhada - Mestre Azulão
A chegada de Lampião no Inferno - José Pacheco da Rocha
A Peleja de Cego Aderaldo e Zé Pretinho - Firmino Teixeira do Amaral
A vida do Padre Cícero - Manoel Monteiro
As receitas do Dr. Prodocopéia" - Jotabarros
Côco Verde e Melancia - José Camelo
Iracema - Alfredo Pessoa de Lima
Os Cabras de Lampião - Manoel D'Almeida Filho
Pavão Misterioso - José Camelo de Melo
Romeu e Julieta - João Martins Athayde
O Soldado Jogador - Leandro Gomes de Barros
Senhor dos Anéis - Gonçalo Ferreira da Silva
Viagem a São Saruê - Manoel Camilo dos Santos

CORDELISTAS !

[editar] Renomados autores da Literatura de Cordel
Alfredo Pessoa de Lima
Antonio Marinho
Apolônio Alves dos Santos
Arievaldo Viana Lima
Carneiro Portela
Cego Aderaldo
Chico Caldas
Cicero Vieira da Silva
Coronel Neco Martins
Constatino Cartaxo
Firmino Teixeira do Amaral
Francisco Sales Areda
Franklin Maxado
Gonçalo Ferreira da Silva
Ignácio da Catingueira
Joaquim Batista de Sena
João Cesário Barbosa
João José da Silva
João Martins de Athayde
José Bernardo da Silva
José Camelo de Melo
José Costa Leite
José Francisco Borges
José João dos Santos (Mestre Azulão)
José Pacheco
Jotabarros
Leandro Gomes de Barros
Lourival Batista, o Louro do Pajeú
Manoel de Almeida Filho
Manoel Camilo dos Santos
Manoel Monteiro
Negra Chica Barbosa
Orlando Tejo
Patativa do Assaré
Pedro Bandeira
Pinto de Monteiro
Raimundo Santa Helena
Romano da Mãe Dágua
Rubenio Marcelo
Sá de João Pessoa
Severino Milanês da Silva
Silvino Pirauá de Lima
Teo Azevedo
Wilson Freire
Zé Limeira
Zé Praxedes
Zé da Luz

Xilogravura







por Carolina Lopes

A xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado.

Para fazer uma xilogravura é preciso uma prancha de madeira e uma ou mais ferramentas de corte, com as quais se cava a madeira de acordo com o desenho planejado.

É preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem vista na madeira sairá espelhada na impressão; no caso de haver texto, grava-se as letras ao contrário.

Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de papel sobre a prancha entintada e fazer pressão manualmente, esfregando com uma colher ou mecanicamente, com a ajuda de uma prensa.

Como podemos constatar, é uma técnica bastante simples e barata; por isso se presta tão bem às ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta simplicidade, basta saber que os gravadores nordestinos fabricam suas próprias ferramentas de corte com pregos e varetas de guarda-chuva, por exemplo, para conseguirem diferentes efeitos no desenho.

História

A xilogravura já era conhecida dos egípcios, indianos e persas, que a usavam para a estampagem de tecidos. Mais tarde, foi utilizada como carimbo sobre folhas de papel para a impressão de orações budistas na China e no Japão.

Com a expansão do papel pela Europa, começa a aparecer com maior freqüência no Ocidente no final da Idade Média (segunda metade do século XIV), ao ser empregada nas cartas de baralho e imagens sacras. No século XV, pranchas de madeira eram gravadas com texto e imagem para a impressão de livros que, até então, eram escritos e ilustrados a mão. Com os tipos móveis de Gutemberg, as xilogravuras passaram a ser utilizadas somente para as ilustrações.

A descoberta das técnicas de gravura em metal relegou a xilogravura ao plano editorial no transcorrer da Idade Moderna, mas nunca desapareceu completamente como arte. Tanto que, no final do século XIX, muitos artistas de vanguarda se interessaram pela técnica e a resgataram como meio de expressão. Alguns deles optavam por produzir obras únicas, deixando de lado uma das principais características da xilogravura: a reprodução.

No Brasil, a xilogravura chega com a mudança da Família Real portuguesa para o Rio de Janeiro. A instalação de oficinas tipográficas era proibida até então. Os primeiros xilogravadores apareceram depois de 1808 e se alastraram principalmente pelas capitais, produzindo cartas de baralho, ilustrações para anúncios, livros e periódicos, rótulos, etc.

Estas matrizes, que foram produzidas ao longo do século XIX e abarrotavam as tipografias nordestinas, aparecem nos primeiros folhetos de cordel impressos, no final deste século (o mais antigo que se tem notícia é de autoria de Leandro Gomes de Barros - 1865-1918).

Os editores dos livretos decoravam as capas para torná-las mais atraentes, chamando a atenção do público para a estória narrada. Para isso, utilizavam o que estava à mão: poderiam ser os clichês de metal (são como carimbos) que começavam a substituir os de madeira no início do século XX ou simples vinhetas decorativas. A xilogravura como ilustração, feita sob encomenda para determinado título, nasce da necessidade de substituir os clichês de metal já gastos. Por isso, não é difícil encontrar xilogravuras de capas de cordel imitando desenhos e fotografias de clichês. Mas, a xilogravura popular nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade de seus artistas.

Hoje em dia, muitos gravadores nordestinos vendem suas gravuras soltas além de continuarem a produzir ilustrações para as capas dos cordéis. Gravadores como J. Borges, José Lourenço, Jerônimo e muitos outros, expõem seus trabalhos em importantes instituições no Brasil e no exterior.

LITERATURA DE CORDEL, EM CORDEL POR FRANCISCO DINIZ


O que é Literatura de Cordel?
Texto de:
Francisco Diniz

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Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.

A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.

Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.

7 sílabas poéticas,
Cada verso deve ter
Pra ficar certo, bonito
E a métrica obedecer,
Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.

Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.

A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.

Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.

O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.

LITERATURA DE CORDEL,FIQUE POR DENTRO


literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradore